quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Negação pré-natalícia

O estado de negação pré-natalício inicia-se mais ou menos dois meses antes do gordo descer pela chaminé. Quando começam a aparecer as primeiras decorações nas lojas, algures no fim de Outubro, a reacção é "O QUÊ?! JÁ?! MAS ESTÁ TUDO DOIDO?!". Depois vai-se prolongando, gradualmente, ao longo das semanas seguintes. As árvores de Natal nos Shoppings, seis semanas antes do Natal, levam ao tradicional "ÁRVORES DE NATAL JÁ? MAS AINDA ESTAMOS EM NOVEMBRO!!". Um mês antes do Natal, as luzes invadem as ruas e as montras (a sério!) e começa-se a ponderar a possibilidade de ir à arrecadação buscar a árvore. Surge pela primeira vez a convicção de que, mais cedo ou mais tarde, "TENHO QUE PENSAR NAS PRENDAS..!". Três semanas antes do Natal, o primeiro "Feliz Natal!" na rua, ao que apetece responder com um amável "FELIZ NATAL MAS É O C$%&HO!", que ainda mal começou Dezembro. Entretanto a Mariah Carey já grunhe em todo o lado. Aparecem anúncios na televisão ao "Sozinho em Casa" e ao filme em que o Schwarzenegger anda à procura de um boneco de plástico para oferecer ao filho. Faltam agora 15 dias. "AI AS PRENDAS..!" Uma semana para o Natal e "AINDA NÃO COMPREI NADA!" Vai ficar tudo para a última outra vez. Como não era suposto acontecer, mas acontece todos os anos. "Se calhar compro só uns chocolatinhos e 'tá a andar!". É véspera de Natal. De manhã. Já cheira a fritos. Vamos lá então fazer as compras. E é só porque as lojas fecham à hora de almoço. Caso contrário, ainda adiávamos tudo mais umas horas.

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